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Escrever e escrever, pensar, refletir... afinal não é para isso que existem os blogs? Por aqui vão passar ideias, palavras, pensamentos... tudo o que nos der na real gana... ou não seremos "Levada da Breca".
Escorreguei pelo corrimão, lembrando os tempos de infância naquela casa. A casa da avó Leopoldina. A casa das férias de verão, ansiadas por mim e pelos primos.

Nada nos soava melhor do que a palavra férias. Mas a interpretação era diferente de todas as outras crianças. Estávamos separados por quilómetros de uma geografia de diversos locais, que tinha como ponto central aquela cidade.
A cidade da casa da avó. Quando chegávamos, depois de uma viagem enjoada, não esperávamos por ninguém… só nos obrigavam a dar um beijinho à avó... depois, ah!...não mudávamos a roupa, nem trocávamos os sapatos e lá íamos , saltando o muro baixo do quintal da avó. Ninguém mais nos via. Eu, pela minha parte, logo me dirigia àquela pedra inclinada e que me servia de “escorrega”. Ainda hoje lá está!
Era uma adrenalina única.
Só que um dia… A pedra não quis ser amiga e sem saber como já estava com um buraco nas calças… calças novas, compradas para ir à Missa.
E agora?... não hesitei!… fui sorrateiramente a casa, subi as escadas, fui ao quarto que dividia com a avó, troquei as calças e saí.
Aproximava-se a hora de jantar e… lá ao longe ouvi gritar:
- Tininhaaaa!!!!... corri para casa, sem mais lembrar o incidente.
Entrei na sala, esbaforida, as calças estavam na cadeira onde, normalmente me sentava:
- Sabes o que significa?, - perguntou a mãe.
-Jantas, vais para o quarto e o bilhete do circo já está nas mãos da filha da vizinha!
PS - ESTE TEXTO FOI ESCRITO NO ÂMBITO DO "MINICURSO SEMANA DA ESCRITA - Descubra o poder das suas palavras" e como resposta a um desafio da escritora, responsável pelo desafio, Analita Alves dos Santo. A ideia era a elaboração de um texto onde deveriam constar os termos "CORRIMÃO", "VIAGEM", "RELÓGIO", num máximo de 250 palavras