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Escrever e escrever, pensar, refletir... afinal não é para isso que existem os blogs? Por aqui vão passar ideias, palavras, pensamentos... tudo o que nos der na real gana... ou não seremos "Levada da Breca".
Hoje é dia do Pai. Hoje é um dia muito especial pois celebra-se e homenageiam-se todos os pais.
O meu pai, já falecido, merece, também ser recordado.
Mas, esta cidade, e se calhar será assim por todo o lado, sempre foi ingrata para com aqueles que fizeram algo por ela. Não se trata de tributos ou medalhas. Trata-se de reconhecimento e esse nunca chega por quem deveria fazê-lo. Não estou a pedir nada, apenas a constatar um facto.
O meu pai, Amadeu Mota Saraiva, serviu ao longo dos anos esta cidade. Foi dirigente de diversas associações e marcou presença em diversos organismos, escreveu para diversas publicações, falou para algumas rádios.
Faleceu há cerca de ano e meio.
Não o esquecemos e eu pessoalmente não esqueço a influência determinante que teve naquilo que foi a minha vida profissional: o jornalismo.
Um jornalismo que à sua época era diferente do de hoje em dia. Não digo melhor ou pior, apenas diferente, mas com toda a certeza, mais puro.
O meu pai soube imprimir-lhe um cunho muito pessoal, cumprindo sempre aquilo que hoje se chama código deontológico e que ele acatou sem conhecer as regras, apenas por intuição e com a certeza de que fazia o melhor que sabia. E fez!!!
São para ti estas palavras, PAI, com toda a saudade e a certeza de que estás por aí a acompanhar-nos e a orientar-nos.
Este é o meu tributo ao meu pai a quem os diversos locais e instituições por onde passou, sem ganhar nada, nunca o fizeram. Obrigada! Amadeu Mota Saraiva!

Morreu o fundador do grupo Delta, Rui Nabeiro, aos 91 anos.
O rei do café, encontrava-se hospitalizado no Hospital da Luz, em Lisboa, devido a uma doença respiratória grave.
Foi uma vida cheia e, como afirmou recentemente, toda a vida foi um homem de paixões, desde o futebol, à política, ao café, à empresa, aos colaboradores.... mas, a mais comovente, eram, mesmo, as crianças.Homem solidário que apenas com a 4ª classe construiu um império. Sempre lamentou o facto de não ter prosseguido os estudos. E talvez por isso mesmo, o futuro, a educação, a solidariedade e a responsabilidade social fizeram parte do seu quotidiano do empresário.
E foi por isso, que o ensino foi uma prioridade sua. Ensino, cientifico universitário, de Investigação e Desenvolvimento, em cooperação com vários estabelecimentos de ensino superior, também a nível da aprendizagem dos 3 aos 12 nos diversos programas do Centro Educativo criado há 15 anos e batizado com o nome da mulher - Alice Nabeiro.
texto de Rúben Mateus• 2ºJornalista @ Bauer Media Audio Portugal

Quando quem vive a profissão não tem consciência de como vive a profissão fica difícil quem está no exterior entender o armagedão quebo jornalismo vive. A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista deu um sinal preocupante ao subir de forma substancial o preço da renovação da Carteira Profissional. Sinal de que dentro da área pouco importa os relatos de uma precariedade atroz que faz com que os jornalistas que se mantém deste lado vivam com ordenados ridiculamente baixos. A renovação da Carteira Profissional vai passar a custar cerca de 80 euros. O preço só por si já é elevado e mais alto fica quando se coloca em cima da mesa aqueles que são os salários mais praticados na classe. Ao invés de se preocupar com aumentos, a Comissão deveria centrar a sua missão na luta por melhores condições de trabalho para que o jornalismo pode responder à sua missão fundamental de promoções do pluralismo e da democracia. Até o Presidente da República, por muitos defeitos que tenha, tem sido uma voz para que o jornalismo não morra na armadilha dos salários que paga. A Comissão tornou-se numa entidade que de dois em dois anos recebe milhares de euros para emitir cartões que atestam a nossa profissão. Nos dois anos seguintes, até nova renovação, nunca mais ouvimos falar dela. Como pode um dos órgãos que regula a classe estar alheada da realidade e não dispender todas as forças que permita uma vida mais livre para os jornalistas e uma profissão que seja realmente atrativa. O jornalismo está em crise não só pelo regime salarial que pratica, pela necessidade do imediatismo sem critério, mas também porque as entidades responsáveis parecem apenas preocupadas com o seu umbigo. O aumento do preço da renovação da Carteira é mais uma chapada, daquelas bem fortes, que nos fazem questionar o que na verdade andamos aqui a fazer e o porquê de ainda gostarmos disto. É preciso realmente termos uma paixão cega pelo jornalismo para continuarmos a acreditar em algo que leva porrada, e desculpem-me o tempo, de todos os lados. Se dentro do meio assim é, como é que podemos pedir às pessoas que nos respeitem e entendam as dificuldades que vivemos? Fica muito, mas muito difícil explicar assim.