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Escrever e escrever, pensar, refletir... afinal não é para isso que existem os blogs? Por aqui vão passar ideias, palavras, pensamentos... tudo o que nos der na real gana... ou não seremos "Levada da Breca".
Agora que tudo passou e se decidiu, permito-me um comentário. Primeiro, parabenizar o vencedor e a sua equipa e desejar-lhes um bom mandato, em prol dos interesses da cidade e dos cidadãos., seja ele qual for.

Em tempos idos, e enquanto me foi permitido, como jornalista, fui filiada num partido, apadrinhada por um homem com um projeto credível e sustentável para a cidade e que lhe deu um forte impulso. Depois, deixou de ser possível continuar filiada e diga-se, também deixei de me identificar com o rumo tomado por esse partido.
Mais tarde aceitei um convite, para integrar uma lista nas autárquicas, em lugar dificilmente, elegível, sabia-o, mas que aceitei por acreditar nas pessoas e nos projetos que apresentavam para a cidade e concelho.
Nunca tais factos beliscaram a forma de desempenhar a minha profissão, nem nunca ninguém teve algo a apontar-me, no desempenho do meu trabalho, de Jornalista, com carteira profissional.
Desde sempre muitos me apontaram farpas e eu continuei a desempenhar e a fazer o meu caminho. E, pelos vistos, com uma carreira de sucesso. Pois se, sete anos depois de ter deixado de exercer, por motivos de saúde, ainda hoje me vêem como jornalista, é porque desempenhei bem o meu papel e fui uma boa profissional, sem falsas modéstias.
Primeiro, e recentemente, alguém tentou manchar a minha imagem pura e simplesmente por ter feito um comentário no Facebook, sobre o Sporting. Deram-se ao trabalho de escrever para o Jornal onde trabalhei a achincalhar-me e a apelidar-me de má profissional pelo facto.
Mas, agora a situação é outra. Não escondi que apoiava Luís Correia, como prova o texto que escrevi há dois anos https://levadadabreca50.blogs.sapo.pt/ficar-na-mo-de-baixo-21874
Desta vez, recebi, um convite para participar numa ação de campanha do candidato socialista, convite feito por uma pessoa de quem gosto e admiro, também ele candidato, e ao qual acedi, sem qualquer tipo de problema, até porque considerei que a ação era interessante inovadora e positiva, assumindo um tema quase sempre esquecido, mesmo pelo candidato que apoiei, sobre condições (ou falta delas) de deslocação para pessoas com mobilidade reduzida.
Aceitei, sem hesitar e até entusiasmada. Mas, por coincidência, o dia colidiu com o de uma consulta que, apesar de ter sido solicitada com carater urgente, demorou seis meses a ser marcada e foi-o, precisamente, para o dia em causa, da referida ação socialista. Não podia recusar a consulta, como é obvio. E com muita pena minha não pude participar.
Mas, felizmente que vivo num país que me permite escolher o que considero melhor. Nunca fui de me calar e sempre procurei ser verdadeira e assumir as minhas convicções, sem quais quer problemas, por muito que as pessoas não concordem, ou pretendam condicionar-me.
As urnas já encerraram, e por isso posso já escrever este texto. Estamos no inicio da contagem dos votos e quero faze-lo, precisamente, antes do resultado final, uma vez que em nada mudará a minha ideia e certeza seja ele qual for.
Ou seja, já lá vai o tempo em que tinha que me remeter ao silêncio e não me identificando politicamente, cumprindo o que se exige a um bom jornalista.
Mas, nunca fui amorfa e sempre tive as minhas convicções. Agradeço aos que se escandalizaram por manifestar a minha preferência pelo candidato Luís Correia, pelo menos continuam atentos ao que escrevo. Teve um ato, infeliz, sim, foi condenado por isso, cumpre a sua pena. Assim, de repente, lembrei-me de José Sócrates, com as devidas distâncias…
Não levo a mal as críticas, cada um é como cada qual, diria a minha avó. A única coisa que até me fez rir, pelo ridículo a que as pessoas se expuseram foi o facto de me acharem, ainda jornalista. Não, infelizmente não!!! Então não façam figuras parvas, achando-se inteligentes e informados!
A democracia precisa do voto de todos. Vamos fazer-nos ouvir pelo sentido do voto, a maior arma da democracia.

A Constituição Portuguesa refere que todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direção dos assuntos públicos do país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos. É o caso.
ITudo isto, depois de sermos esclarecidos sobre atos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos. São factos. Neste dia 26 de Setembro de 2021,é através do voto nas Autárquicas que poderemos expressar as nossas convicções e eleger quem determinará conduzirá os destinos deste concelho nos seus órgãos mais importantes.
No nosso país. Desde as primeiras eleições, por sufrágio universal direto em 1976, que se verifica a tendência de reeleição dos candidatos. Será este o ano de exceção?
Vai deixar que escolham por si? Vamos por os pontos nos is, juntos.
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