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Escrever e escrever, pensar, refletir... afinal não é para isso que existem os blogs? Por aqui vão passar ideias, palavras, pensamentos... tudo o que nos der na real gana... ou não seremos "Levada da Breca".

O título não é meu, mas encaixa na perfeição com o que pretendo transmitir. Eles e elas são homens e mulheres como qualquer um de nós. Têm uma característica peculiar, são terapeutas e foram durante meses os meus anjos da guarda. Daniela, Fátima, Estela, Eulália, António, José, João, Filipe, Arménio,André... não importa o nome, mas sim o que fazem e fizeram por mim.
Por circunstâncias da vida fui acometida de um AVC – Acidente Vascular Cerebral e de repente apercebi-me que fiquei sem poder andar e com muitos músculos atrofiados. O choque inicial não foi muito grande porque não percebi logo as limitações a que tinha ficado sujeita e cheguei a pensar que podia levantar-me e andar, assim como o milagre do paralítico. Mas, não! Depressa caí na realidade e, aí sim, o choque foi forte, apercebendo-me, de facto, as limitações físicas a que ia ficar sujeita.
Não podia caminhar sem ajuda, não mexia os braços, nem as pernas.o meu lado esquerdo estava comprometido.
Para quem tanto gostava de andar, saltar e viajar, foi um choque brutal! De hospital em hospital, acabei por ir parar ao Centro de Reabilitação Rovisco Pais, na Tocha. Foi aí que os primeiros anjos da guarda se cruzaram no meu caminho. Não foi fácil, mas foi eficaz. Os milagres fazem parte das histórias, mas o que é certo é que estes anjos da guarda foram milagreiros para mim.
Claro que exigiu investimento e um grande esforço da minha parte. Sim, os milagres fazem parte da história e da ficção científica. O resto depende de nós e destes anjos da guarda que mexem nos ossos e músculos, como quem brinca nas nuvens!
“Anjo da guarda, minha companhia, guardai a minha alma de noite e de dia!”, assim me ensinaram na catequese. Por experiência de vida, os meus anjos da guarda, para além da alma deram alento e utilidade ao físico.
Não posso deixar de fazer uma referência especial à equipa que me acompanhou na noite de 11 de Setembro, dia do meu aniversário, autênticos anjos da guarda que me permitiram estar hoje a escrever estas linhas. Esses foram os anjos que me puxaram para a vida.